No tempo em que usávamos cheques, tínhamos que escrever o valor também por extenso. Era uma forma de facilitar a compreensão de uma letra ruim (que podia levar a uma confusão entre 1 e 7, por exemplo).

Por alguma razão perdida no passado, esta prática de escrever os números também por extenso foi aplicada a todos os contratos. Mas vale a reflexão: há alguma possibilidade de confundir 1 com 7 em um texto que não foi escrito à mão? Claro que não.

Em contratos empresariais, cada vez mais encontramos minutas em que se opta por não escrever os números também por extenso. Esta prática não só economiza caracteres, como evita problemas. Isto porque, em operações mais complexas, é natural que alguns dos números sejam ajustados no curso das negociações. E alguém poderia ajustar este número, mas na pressa deixar de atualizar a descrição por extenso deste número. Já vi isso mais de uma vez. Para evitar este risco, e para deixar as minutas mais limpas, é melhor eliminar as descrições por extenso dos muitos números e valores referidos em contratos empresariais.

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